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parnasianismo parece não ter fim

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                                              gil vicente ( série " inimigos ") - bienal 2010 falo com meus alunos sobre o parnasianismo, estilo literário muito do empolado, cheio de firulas em versos e que muitos rotulavam de "arte pela arte". merecido. deveria ser chamado "fazer por fazer", um estilo que não combina com temas sociais, nem propõe filosofias. perfumaria pura. já aviso: não desconsidero o apelo artístico. é arte. eu só não gosto. vejam, o soneto famoso da época é mesmo " a um poeta " , assinado por bilac ( aquele do hino à bandeira ). pois bem, lá notexto tem-se a receita do modus vivendi parnasiano: longe do " turbilhão da rua " ( distante de questões sociais ) o poeta deveria dedicar-se a uma obra que fosse bela. arte pura… como um templo grego. até aí, as coisas. de novo: não creio que a condição para eu gostar da arte é ter ou não qu...

tropicália - outubro de 1967 - 50 anos

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o festival da canção, rede record, deu o prêmio de 1967 a "ponteio", de edu lobo. música que conseguia resvalar na crítica à ditadura militar e no regionalismo. obviamente, a canção de lobo é mais do que isso, mas nem se fosse mais e mais para chegar perto da revolução proposta por "alegria, alegria", um marco da tropicália. caetano veloso. clica para saber mais sobre a tropicália movimento que sofreu influência da "antropofagia" de 22 (a "semana de arte moderna"), uma vez que misturou baião, frevo, maracatu, samba, além de uma levada pop-rock com guitarras à moda estrangeira. tudo com arranjos surpreendentes que, vez por outra, expunham marcas acadêmicas da música clássica. não por acaso, rogério duprat fez parte da história da tropicália.