quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

o mito é o nada que é tudo - educar é ato de coragem



                                                 [ dead fish - sangue nas mãos ]

a ideia é acolhimento de quem está depressivo, entristecido e até sentindo-se ameaçado por esse sistema que condena quem se opõe ou pensa diferente de alguns governantes de hoje.

a educação é pincipal alvo dessa gente que se sentou no projeto exposto na expressão "com supremo, com tudo". era para tirar das pessoas os direitos e avacalhar com as minorias: comunidade lgbt, crianças, idosos. pregar que quem gosta de educação e equidade é "comunista" e, por isso, precisa ser abatido. é o horror. a ignorância promovendo ódio.

parte de nossa imprensa é conivente e ativa na defesa desses valores descritos acima.
pior doença é a ignorância. contra ela, escola. contra ela, civilidade.
contra a ignorância, defender a qualquer preço a empatia, o acesso a livros, arte e pesquisa científica. divulgar e compartilhar ações educativas que acontecem nas escolas. quem se diz progressista, quem se diz democrata, precisa sim unir forças a seus semelhantes e transmitir cidadania.


é preciso fazer valer o lado da história que usa cérebro. e quem usa cérebro educa, lê, ensina, aprende e divulga ações educativas, em escolas: gincana, sarau, feira de ciência, festa do folclore, show de talentos, teatro, música, dança, fotografia, cinema, prevenção ao uso indevido de drogas, palestras, concurso de poesia, qualquer coisa.

hora de colocar e pauta mais ações interdisciplinares nas escolas.
por favor.

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imprescindível :



fundamental









terça-feira, 21 de janeiro de 2020

literatura como solução




literatura para salvar o mundo

o que é?

e-book - editora amazon

o que tem nele?

lista de mais de 30 leituras, entre romances, conto, teatro, poesia e até filme

autores como machado, graciliano, luisa geisler, pessoa, bernardo carvalho, jorge amado, cecília meireles, alencar e outros estão neste livro

para cada leitura, um tanto de proposta para ações em sala de aula com estudantes, desde oitavo ano (fundamental 2) até ensino médio.

quanto custa?

menos de dez reais

como conseguir ?

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domingo, 12 de janeiro de 2020

a culpa é das estrelas ou do celular?




quase sempre, em meios escolares ou não, ouço reclamações de pessoas quanto a presença do aparelho celular nas mãos de estudantes. 
recentemente, 2019, noticiou-se que na espanha há escolas proibindo a posse do aparelho, tamanho é o medo do objeto.

vi que surgiram apoiadores da ideia, por aqui. é o velho estilo ensino jesuítico e jurássico ganhando sobrevida: o autoritarismo; o medo; ameaça... o de sempre.
é triste.

vamos lá, aprender: por que o problema da disciplina em sala de aula é sempre culpa do celular? por quê? parece que o objeto fora das mãos dos fofuchos vai fazer com que, num passe de mágica, a atenção se volte para a voz e os gestos do professor. só que não.
tirar os aparelhos celulares dos alunos e publicar a ação é propaganda enganosa para famílias, sinto muito.

sejamos coerentes: a aula precisa envolver dois itens: professor(a) e estudantes.
se a relação entre professor(a) e a classe não for intensa, dinâmica, pode tirar o celular, as unhas, a canetinha colorida, papel, tudo: estudantes têm cérebro e podem, mesmo de corpo presente, ficarem alheios ao momento e navegarem pela imaginação, fugindo da tortura de uma aula ruim.

melhorar a relação professor e aluno é básico dentro de uma escola e -- insisto -- não é só responsabilidade da pessoa que está ali, em pé, no papel de professor, professora. seria crueldade crer nisso. toda a comunidade se responsabiliza pelo processo educativo: direção, auxiliares, funcionários, professores, famílias, tudo.

se o professor ou professora sente dificuldade no processo da aula, precisa pedir ajuda e cabe sim às coordenações gerenciar essa relação. 
se todos ou a maioria dos professores têm por hábito interagir com os alunos, durante as aulas, então quase todo o dilema se resolve. dar voz aos alunos, questionar o que ouviram ou leram. perguntar se estão bem, se o discurso está compreensível, essas coisas de humanidade. procurar não fugir de assuntos da atualidade: homofobia, drogas, bullying, função da arte, importância da ciência, valor do esporte. todos os professores, professoras, não importa área de atuação, precisam estar em dia com o planeta, para que no futuro seus alunos não cismem de achar que a terra é plana, ou que vacina faz mal.

daí a certeza de que educar dá trabalho e é ação coletiva. deveria custar caro. professor(a) deveria sem muito bem pago. professor(a) deveria também aprender a mobilizar-se mais politicamente, ao invés de esperar o bom humor humanista de governantes.

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sábado, 4 de janeiro de 2020

literatura para salvar o mundo #2




é possível que haja luz no fim do túnel e não locomotiva na contramão

esta é mais uma postagem da série "literatura para salvar o mundo"

de repente, estudantes ou professores ou tudo isso junto sentem-se à vontade de fazer movimento pelo trabalho interdisciplinar, pela pesquisa; pelo exercício com a cidadania

exemplo

"capitães da areia" - amado
séries sugeridas - 1a. a 3a. série (e médio)

o que pode ser trabalhado
moradiamenor abandonadoviolência contra mulher; religiosidade (cristãos e o candomblé); adoção

* existe problema de moradia na região de sua escola ou no bairro onde mora?
* no início do livro, há relatos de meninas violentadas na praia: discutir o respeito às mulheres
* um dos conflitos da narrativa é a prisão de uma imagem: ogum (guerreiro) ... em que medida o racismo é institucionalizado, até hoje?
* como funciona o process de adoção, em seu país? 

- o intuito é provocar discussão sobre as relações que se estabelecem entre pessoas
claro que o educador, a educadora, pode perguntar sobre as características do modernismo ou o significado do nome "sem-pernas" para o jovem do grupo de pedro bala etc etc ... mas nossa proposta principal é a da civilidade, o exercício de humanidade

de repente, com atividades envolvendo empatia, descoberta do outro ou reconhecimento da diversidade, poderemos ver, num futuro, pessoas que busquem a verdade, o respeito, não creiam em sandices como terra plana ou campanhas contra vacina, que queiram a união e não se sintam sozinhas diante de injustiças. 

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

literatura para salvar o mundo




pois é
será que 2020 será melhor?

existe uma chance.
só uma

a escola

quem está dentro de uma, aluno, professor, coordenador, funcionário administrativo ou direção deve arregaçar as mangas e procurar o que fazer para melhorar a vida de humanos

o que fazer

como minha área de atuação em escolas sempre foi a literatura, vão algumas dicas, de repente servem de inspiração

exemplo
"iracema" - alencar
séries sugeridas - 9o. ano (fund 2) a 2a série (e médio)

o que pode ser trabalhado
relação do brasileiro com índios; natureza a se preservar; fábula; uso indevido de drogas; anagrama

- em grupo, alunos debatem sobre os temas acima ou outros que o(a) professor(a) indicar
* licor verde e a ingestão de algo para ajudar a suportar realidade: o que é droga?
* brasil respeita território e cultura dos índios?
* fábula: animais falam nome da índia ... qual ideal de beleza da floresta é transmitido?
* religião dos índios é soterrada pela cristandade, ao final do livro ... e na atualidade? como é a relação do brasileiro com as religiões vindas da áfrica ou mesmo a tradição indígena?
* "iracema" é anagrama de "américa" ... a mensagem do livro é de crítica à colonização? 

- o intuito é provocar discussão sobre as relações que se estabelecem entre pessoas

- claro que o educador, a educadora, pode perguntar sobre as características do romantismo ou o significado do nome "martim", diminutivo sonoro de marte etc etc ... mas nossa proposta principal é a da civilidade, do exercício de humanidade

de repente, com atividades envolvendo empatia, descoberta do outro ou reconhecimento da diversidade, poderemos ver, num futuro, pessoas que busquem a verdade, o respeito, não creiam em sandices como terra plana ou campanhas contra vacina, que queiram a união e não se sintam sozinhas diante de injustiças. 

de repente
não mais que de repente

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

qual mentira vou acreditar - racionais mc's



QUAL MENTIRA VOU ACREDITAR 
Racionais Mc's

São apenas dez e meia tem a noite inteira, dormir é embaçado numa sexta-feira.
Tv é uma merda prefiro ver a lua, Preto Edi Rock está a caminho da rua.
Hã, sei lá vou pr'uma festa se pam,
Se os cara não colar volto às três da manhã.
Tô devagar, tô a cinquenta por hora,
Ouvindo funk do bom minha trilha sonora.
A polícia cresce o olho, eu quero que se foda,
Zona norte a bandidagem curte a noite toda.
Eu me formei suspeito profissional,
Bacharel pós-graduado em tomar geral.
Eu tenho um manual com os lugares horários,
De como dar perdido, ai caralho...
Prefixo da placa é My sentido Jaçanã, Jardim Hebron.
Quem é preto como eu, já tá ligado qual é, nota fiscal Rg polícia no pé.
Escuta aqui o primo do cunhado do meu genro é mestiço,
Racismo não existe, comigo não tem disso,
É pra sua segurança.
Falou, falou... Deixa pra lá.
Vou escolher em qual mentira vou acreditar.

Tem que saber curtir, tem que saber lidar.
Em qual mentira vou acreditar?
A noite é assim mesmo então, deixa rolar.
Em qual mentira vou acreditar.
Tem que saber curtir, tem que saber lidar.
Em qual mentira vou acreditar?

Ôh, que caras chato ó,
Quinze pras onze eu nem fui muito longe
E os home embaçou.
Revirou os banco, amassou meu boné branco,
Sujou minha camisa do Santos.
Eu nem me lembro mais pra onde eu vou,
Hii quem será que ligo?
Espere na estação eu tô na zona sul,
Eu chego rapidinho assinado: Blue.
Pode crer, naquele lado de Santana
Conheço uns lugar, conheço umas fulana.
Juliana? Não. Mariana? Não. Alessandra? Não. Adriana? Não.
O nome é só um detalhe, o nome é só um nome.
953 hum... Esqueci o telefone.
Porra demorou, hein!
E aí, Blue como é que é?
Isso aqui é inferno, tem uma pá de mulher.
Trombei uma pá, de gente uma pá de mano,(pode crer)
Tô há quase uma hora te esperando.
Passou uma figura aqui e deu ideia,
Disse que te conhece, se pá chama Léa. (Eu)
Cabelo solto vestido vermelho,
Estrategicamente a um palmo do joelho. (Hummm...)
Os caras comentaram o visual, oh os bico que tal? Pagando o mó pau.
Ninguém falou um ah, ah mas eu ouvia,
Meio mundo xingando por telepatia. (Filha da puta)
Economizava meu vocabulário,
Não tinha o que falar, falava o necessário.
Meio assim, é claro será qual é que é truta?
Aqui não falta mina filha da puta.
Tudo comigo, confio no meu taco,
Versão africana Don Juan Demarco.
Tudo muito bom, tudo muito bem,
Sei lá o que é que tem, ideia vai ideia vem.
Ela era princesa eu era o plebeu,
Quem é mais foda que eu? Espelho espelho meu?
Tipo Thaís de Araújo ou Camila Pitanga?
Uma mistura, confesso, fiquei de perna bamba.
Será que ela aceita ir comigo pro baile?
Ou ir pra zona sul ter um grand finale?
Amor com gosto de gueto até às seis da manhã,
Me chamar de meu preto e me cantar Djavan.
Ninguém ouviu, mas puta que pariu.
Em fração de segundos meu castelo caiu,
A mais bonita da escola rainha passista,
Se transformou numa vaca nazista.
Eu ouvindo James Brown, pá... Cheio de pose.
Ela pergunta se eu tenho, o quê? Guns N' Roses?
Lógico que não! A mina quase histérica
Meteu a mão no rádio e pôs na transamérica.
Como é que ela falou? Só se liga nessa,
Que mina cabulosa olha só que conversa.
Que tinha bronca de neguinho de salão, (não)
Que a maioria é maloqueiro e ladrão. (aí não)
Aí não mano! Foi por pouco,
Eu já tava pensando em capotar no soco.
Disse pra "mim" não falar gíria com ela,(pode crer)
Pra me lembrar que não tô na favela.
Bate-boca mó guela será que é meia-noite, já?
A cinderela virou bruxa do mal?
Me humilhar não vai, vai tirar o caraí,
Levanta o seu rabo racista e sai.
Eu conheço essa perversa há mó cara,
Correu a banca toda de uns playba
Que cola lá na área.
Pra mim ela já disse que era solitária,
Que a família era rígida e autoritária.
Tem vergonha de tudo cheia de complexo,
Que ainda era cedo pra pensar em sexo.
A noite é assim mesmo, então deixa rolar,
Vou escolher em qual mentira vou acreditar.
Tem que saber curtir, tem que saber lidar,
Em qual mentira vou acreditar.
A noite é assim mesmo, então deixa rolar,
Em qual mentira vou acreditar.
Tem que saber curtir, tem que saber lidar.
Em qual mentira vou acreditar?
Ih caralho, olha só quem tá ali?
O que que esse mano tá fazendo aqui?
Aí esse maluco veio agora comigo,
Ligou que era até seu amigo.
Morava lá na sul, irmão da Cristiane,
Dei um cavalo pra ele no lausane.
Ia levar um recado pra uns parente local,
Da Igreja Evangélica Pentecostal.
Desceu do carro acenando a mão, (na paz do senhor!)
Ninguém dava atenção.
Bem diferente do estilo dos crentes,
Um bombojaco e touca mas a noite tá quente.
Que barato estranho, só aqui tá escuro,
Justo nesse poste não tem luz de mercúrio.
Passaram vinte fiéis até agora,
Dá cinco reais, cumprimenta e sai fora.
Um irmão muito sério em frente à garagem,
Outro com a mão na cintura em cima da laje.
De vez em quando a porta abre e um diz:
"Tem do preto e do branco!" E coça o nariz.
Isso sim, isso é que é união,
O irmão saiu feliz sem discriminação.
De lá pra cá veio gritando rezando,
"Aleluia, as coisas tão melhorando!"
Esse cara é dentista, sei lá... Diz
Que a firma dele chama Boca S/A.
Será material de construção?
Vendedor de pedras? Lá na zona sul era patrão.
Ih! Patrão o caralho! Ele é safado,
Fugiu do Valo Velho com os dias contados. (Tava desconfiando...)
Na paranoia de fumar era fatal,
Arrombava os barracos saqueava os varal. (Demorô)
Bateu na cara do pai de um vagabundo,
Humm... Tá fazendo hora extra no mundo.
A noite tá boa a noite tá de barato,
Mas puta gambé pilantra é mato.

Tem que saber curtir, tem que saber lidar.
Em qual mentira vou acreditar?
A noite é assim mesmo, então deixa rolar.
Qual mentira vou acreditar?

         [ sobrevivendo no inferno, racionais mc's ]

- letra com caráter de crônica e relato pessoal
- rotina de passeio noturno, carro, camisa de time de futebol, contato com parceiros, procura uma mulher

- o eu lírico acaba se vendo numa armadilha, pois a garota era racista

- em seguida, uma boca de fumo, ponto de droga, pó, liderados por evangélicos
"tem que saber lidar"
- canção traz várias situações contraditórias: policial revista o negro, diz que é para a própria segurança da pessoa, mas é o racismo institucional; moça bonita mas racista; cidadão se mostra religioso mas é traficante ...

quando se lê "a noite é assim mesmo" , pode-se entender "a vida dos negros e brancos é assim" ... a questão não é aceitar, é só um relato triste



sábado, 28 de dezembro de 2019

minhas dicas unicamp janeiro 2020




TEMAS PARA PESQUISA E ESTUDO


* caminhos cruzados - - joão benévolo e o quixotismo (livros influenciam os sonhos, deturpam realidade)

* racionais mc's  - - variados gêneros, tipos de texto: diário, rap, narrativa policial, relato pessoal, documentário etc

* quarto de despejo - - racismo institucional (paralelo com letras dos "racionais")

* a teus pés - -  diálogo com publicidade, cinema e literatura estrangeira

* história do cerco de lisboa - - jackill e mr hyde; heterônimo (pessoa); trovadorismo

* sermões de quarta-feira de cinza - - vaidade; morrer e não ser envolvido em tentações mundanas; época da contrarreforma

* a falência - - encilhamento e rui barbosa; camila em ascensão e figuras masculinas decadentes

saiba mais - -

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

minhas dicas fuvest janeiro 2020


                                                                                              dicas quentes!

leia, pesquise, estude, veja os vídeos, se puder...

TEMAS PARA PESQUISA E ESTUDO

* quincas borba e o humanitismo - - romance satiriza, genericamente, teorias científicas do final do século 19

* angústia e o existencialismo  - - ser humano fadado a fazer escolhas... e se responsabilizar por elas

* minha vida de menina - -  personalidade de helena e o contraste com as posturas das figuras masculinas

* o cortiço - -  questão da moradia; negritude criminalizada; bertoleza é a iracema do realismo (um português abusa de seu corpo e de sua origem, por isso morre)

* epígrafes de "sagarana" - - releia as epígrafes e estude como elas se relacionam com seus respectivos contos
                            -- clique aqui -   epígrafes de sagarana - leia agora cada uma - clique aqui!

* mayombe - - floresta é tratada como "prometeu" africano: quem foi prometeu? por que tratar a floresta desta forma?

saiba mais - -







domingo, 22 de dezembro de 2019

educação para salvar o mundo





tomara que em 2020 haja mais sensatez.

a avalanche de estupidez dos últimos anos chega a assustar

terra plana, movimento contra vacina, ações de censura conta livro didático... a burrice parece não ter fim...
no ocidente, principalmente países pobres, pessoas passam a desacreditar nas instituições. há violência, crise econômica, corrupção, então, se muita gente desacredita das instituições, porque acreditar em fatos que elas defendem?

o pensador e linguista noam chomsky já pontuou a questão mais de uma vez. ela diz que a qualidade de vida piorou, nas últimas décadas, graças à política neoliberal vinda dos estados unidos e inglaterra. nesse sentido, a tendência é crer naquilo que satisfaz emoções mais básicas. o uso de rede sociais e notícias falsas disseminou situações bizarras que até buscavam desautorizar centros acadêmicos e de formação com intuito de manipular, por exemplo, eleitores de figuras ligadas à extrema direita, como aconteceu com trump, neste século 21 e, pouco depois, jair, no brasil em 2018.

figuras que se dizem religiosas, políticos, golpistas, toda a sorte de corruptos se faz valer disso que se conhece como "pós verdade".

tomara que que em 2020, pessoas ligadas principalmente à educação possam exercitar cidadania, pesquisa, produção de arte e civilidade.

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

capivaras com sobrenome






leio o interessante "enfim, capivaras", da luisa geisler, gaúcha, premiada e aplaudida nos meio das literaturas. merecido.

pesquisa rápida pela internet, vejo que uma cidade do rio grande do sul, nova hertz, expõe ao mundo nova cena de constrangimento da espécie: vereador xis vociferando contra o livro de luisa por conta de linguagem supostamente ofensiva.
a escritora teria sido desconvidada de um evento para estudantes que leram seu livro.

olhem, a lista de truculência e estupidez é vasta e tem nome e sobrenome: censura. criminalizar arte. perseguir intelectualidade.
a gente sabe que não é "pela família", "pelas crianças" ou o raio que os parta. é criminalizar a educação, a liberdade, a criatividade e a cidadania. por quê? porque quem produz, consome ou divulga arte corre sério risco de compreender melhor o universo e, com certeza, desprezar e condenar essa gente que assume cargo público para benefício próprio.

tanto quem está próximo ao mundo educativo ou muito dentro precisa agir pela cidadania.
precisa ser plural.
precisa dar voz aos estudantes.
precisa divulgar literatura, música, teatro, fotografia, cinema e promover senso crítico, uma vez que ele vem sempre acompanhado do respeito à diversidade. e é disso que essa gentalha censora não gosta. por que não gosta? por que respeito e senso crítico afastam pessoas dessa estupidez e, sim, da corrupção de fato.
é urgente combater essa onda ultraconservadora. questão de sobrevivência mesmo.




quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

asas do jahu





dia 21 de maio de 1927, um avião cruzava o atlântico, sem escalas, entre nova york e paris. Ao todo, foram 33 horas e meia. oito mil e tantos quilômetros. um feito marcante para charles lindbergh, em seu voo solitário.
um mês antes, o brasileiro joão de barros, contudo, também tinha feito a mesma coisa, ao contrário. saiu da europa, cabo verde, e deslizou seu hidroavião jahú, sobre o mar, bem perto de fernando de noronha, costa brasileira. joão de barros é nome de artista, coisa da gema, da nossa terra, foi reconhecido, na época, mas como no brasil, hora a hora deus piora, pouca gente sabe do feito. mesmo enfrentando tentativa de sabotagem (areia e sabão no depósito de combustível), comandante barros voou, fazendo o percurso em mais de dez horas. nem precisa dizer que joão nasceu em jaú, região central do estado de s. paulo.
pouca gente sabe também, mas fui o primeiro a cruzar quase toda a rua barão do amazonas, lá em ribeirão preto, com menos de dez anos de idade, em 1973. cerca de setecentos metros, a pé, desde a rua altino arantes, até a porta da escola, o "guimarães júnior". levei uns quarenta minutos, ajudado, numa parte do caminho, pelo sorveteiro sorridente, que ficava na avenida nove de julho e me ajudou a atravessar a mesma. fica o registro.