terça-feira, 31 de janeiro de 2017

fazendo redação - texto argumentativo




se você acha que escrever é um bicho de dez cabeças... -- na verdade, deve ter umas duas ou três -- seus problemas acabaram !
texto argumentativo é o gênero mais cobrado nos vestibulares.
então, veja!
divulgue!



sábado, 28 de janeiro de 2017

saúde literária - revista vida simples



[ m bandeira, rio de janeiro ]

a revista vida simples, fevereiro 2017, traz matéria robusta sobre função da literatura, em nossa sociedade. revela que pode salvar vidas. funciona como terapia. mas é preciso remédio tarja preta: os clássicos. não são pra qualquer um. 
é como uma criança tomar remédio em dose para adulto. não vai dar certo. por isso sou frontalmente contra adoção de clássicos mundiais nas escolas, dentro do nível fundamental -- 5o a 9o ano. adaptações infanto-juvenis por vezes mudam até o gênero do texto, como já vi "os lusíadas" em prosa. ou "hamlet" igualmente em prosa, numa linguagem de desenho animado. horror.
escola e professores devem procurar melhor caminho para estímulo da leitura em adolescentes. quem adota clássico repaginado está olhando para os pais e não para os alunos. parece que alta literatura causaria algum impcato na comunidade. bobagem.
mas o texto da revista "vida simples" não trata especificamente deste tema (literatura para jovens), mas me serviu de mote aqui pra eu destilar minha chatice.

os sites das revistas "carta capital" (carta educação) e "nova escola" são um bom começo para quem tem dúvidas a respeito desse tema. é normal ter dúvidas péssimo é quem se acomoda e não faz pergunta.

carta educação - - clica

revista nova escola - leitura digital - clica


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

sermão da quarta-feira de cinzas 1672 - padre vieira




barroco e religioso (quase um pleonasmo, em se tratando de latinos), vieira trata da necessidade de reflexão, por parte de seus fiéis. é um sermão pregado no primeiro dia da quaresma. ano: 1672. onde: roma, na igreja de sto antônio dos portugueses.
segundo o texto, o homem deve ter consciência de que é mortal e não comportar-se como um imortal.

trechos fundamentais :


Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura, mas a futura veem-na os olhos, o presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es, tu in pulverem reverteris: Sois pó, e em pó vos haveis de converter.
Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de converter, é a futura. O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, veem-no os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos o veem, nem o entendimento o alcança. (...) -     [parte I ]

Enfim, senhores, não só havemos de ser pó, mas já somos pó: Pulvis es. Todos os embargos que se podiam pôr contra esta sentença universal são os que ouvistes. Porém como ela foi pronunciada definitiva e declaradamente por Deus ao primeiro homem e a todos seus descendentes, nem admite interpretação, nem pode ter dúvida. Mas como pode ser? (...) A razão é esta. O homem, em qualquer estado que esteja, é certo que foi pó, e há de tornar a ser pó.                                                      [ parte II ]


Esta nossa chamada vida não é mais que um círculo que fazemos de pó a pó: do pó que fomos ao pó que havemos de ser. Uns fazem o círculo maior, outros menor, outros mais pequeno, outros mínimo. Quem vai circularmente de um ponto para o mesmo ponto, quanto mais se aparta dele tanto mais se chega para ele; e quem quanto mais se aparta mais se chega, não se aparta. O pó que foi nosso princípio, esse mesmo, e não outro, é o nosso fim (...)                                                  [ III ]


Acalmou o vento, cai o pó, e onde o vento parou, ali fica, ou dentro de casa, ou na rua, ou em cima de um telhado, ou no mar; ou no rio, ou no monte, (...)
Assim como o vento o levantou, e o sustinha, tanto que o vento parou, caiu. Pó levantado, Adão vivo; pó caído, Adão morto: Et mortus est. Este foi o primeiro pó, e o primeiro vivo, e o primeiro condenado à morte, e esta é a diferença que há de vivos a mortos, e de pó a pó. Por isso na Escritura o morrer se chama cair, e o viver levantar-se.         [ IV ]

Abri aquelas sepulturas e vede qual é ali o senhor e qual o servo; qual é ali o pobre e qual o rico? distingui-me ali, se podeis, o valente do fraco, o formoso do feio, o rei coroado de ouro do escravo (...) carregado de ferros? Distingui-los? (...) Não por certo. O grande e o pequeno, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, o senhor e o escravo, o príncipe e o cavador, o alemão e o etíope, todos ali são da mesma cor.  (...)
Se quereis ver o futuro, lede as histórias e olhai para o passado; se quereis ver o passado, lede as profecias e olhai para o futuro. (...) Olhai para o passado e para o futuro, e vereis o presente.                                 [ V ]  

Ou cremos que somos imortais, ou não. Se o homem acaba com o pó, não tenho que dizer; mas se o pó há de tornar a ser homem, não sei o que vos diga, (...). A mim não me faz medo o pó que hei de ser; faz medo que há de ser o pó. Eu não temo na morte a morte, temo a imortalidade; eu não temo hoje o dia de cinza, temo hoje o dia de Páscoa, porque sei que hei de ressuscitar, porque sei que hei de viver para sempre, porque sei que me espera uma eternidade, ou no céu, ou no inferno.                          [ VI ]

Aristóteles disse que entre todas as coisas terríveis, a mais terrível é a morte. Disse bem mas não entendeu o que disse. Não é terrível a morte pela vida que acaba, senão pela eternidade que começa. Não é terrível a porta por onde se sai; a terrível é a porta por onde se entra.
Se olhais para cima, uma escada que chega até o céu; se olhais para baixo, um precipício que vai parar no inferno, e isto incerto. (...)
Tanto medo, tanto receio da morte temporal, e da eterna nenhum temor? Mortos, mortos, desenganai estes vivos.  (...)
E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar deixando-vos quatro pontos de consideração para os quatro quartos desta hora. Primeiro: quanto tenho vivido? Segundo: como vivi? Terceiro: quanto posso viver? Quarto: como é bem que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi?  Quanto posso viver? Como é bem que viva?                    [ VII ]

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

pixadores, uni-vos





o prefeito de são paulo, dória jr, insiste em declarar guerra às pichações acreditando que elas sujam a cidade. é relativo. os pichadores são voz de parcela da população. por que não ouvi-los? assim como dependentes químicos de drogas não são, necessariamente, bandidos, esses artistas das ruas são parte ativa da população urbana paulista e merecem todo respeito.
o prefeito usa de um artifício extremamente preconceituoso e elitista ao considerar aquilo que faz o cidadão quase anônimo um crime. 
falta espaço aos pichadores, sr, prefeito. falta dar voz a eles e a tantos outros ... falta espaço pra muita gente, até para os garis, malabaristas de farol, circenses, pessoas comuns que, detalhe, gostam da cidade viva, diferente do senhor. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

augusto na draga - novo filme do carneiro




"olha o que fez augusto na draga" é a desventura do herói contra joãzinho neném e dionora tatu-tá-te-vendo.

não perca!
em breve, num cinema perto de você.
ou não.


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

pixadores, uni-vos




o prefeito de são paulo, dória jr, insiste em declarar guerra às pichações acreditando que elas sujam a cidade. é relativo. os pichadores são voz de parcela da população. por que não ouvi-los? assim como dependentes químicos de drogas não são, necessariamente, bandidos, esses artistas das ruas são parte ativa da população urbana paulista e merecem todo respeito.
o prefeito usa de um artifício extremamente preconceituoso e elitista ao considerar aquilo que faz o cidadão quase anônimo um crime. 
falta espaço aos pichadores, sr, prefeito. falta dar voz a eles e a tantos outros ... falta espaço pra muita gente, até para os garis, malabaristas de farol, circenses, pessoas comuns que, detalhe, gostam da cidade viva, diferente do senhor. 

clica abaixo - -

os gêmeos - - cidade cinza

trailer cidade cinza - muito necessário

azeite futebol clube




E se a literatura fosse um jogo de futebol?
Fiz minha escalação da seleção lusitana.

EQUIPA : Alentejano de Desportos
Presidente : Dom Dinis
Técnico : Augustina Bessa-Luís

GUARDA REDESVieira. Com aquela roupona e o hábito de gesticular, é garantido na meta. Deixou o bom Anchieta a ver navios, no banco.
ALA DIREITA Alexandre Herculano. Tendo um nome desses e tendo escrito o intragável "Eurico...", só pode ficar ali mesmo, na direita.
DEFENSORAntero de Quental. Na juventude, foi um ótimo avançado, mas depois recuou, quase saiu do time. Quando entra em depressão, é chamado para seu lugar Gil Vicente.
LÍBERO – José Saramago. Bom no drible curto, faz cobertura dos alas, mas não se dá bem com Helder, preferindo jogadas com Camões ou mesmo lançamentos longos para o abobado Bocage.
DEFENSORMiguel Torga . É ótimo no desarme, mas está quase sempre contundido. Em seu lugar, costuma entrar Camilo Castelo Branco (eleito melhor jogador da liga dos detentos)
ALA ESQUERDAAlmeida Garret. Nacionalista, luta por um time mais aberto e por intercâmbio com estrangeiros, sendo muito criticado por isso.
MÉDIOFernando Pessoa. Assumindo várias posições durante o jogo, é o coringa do time, apesar de que nem sempre seus colegas sabem a quem cumprimentar, depois de um gol seu.
MÉDIO AVANÇADO - Camões. Por ter um olho só, corre bastante, mas só pelo lado direito, pois daí as tabelas com Bocage e Saramago. Joga melhor com o campo molhado.
AVANÇADO Bocage. Só seu bafo derrubaria metade da defesa adversária. Costuma dormir em campo, mas faz boa tabela com Camões
ATACANTE - Herberto Helder. Desengonçado, faz papel do artilheiro rompedor, com objetividade, dribla no momento certo, sendo goleador do time.
ATACANTE - Eça de Queiroz. Influente com o técnico, roubou a posição de Mário de Sá-Carneiro, depois de envenenar sua bebida.


Carlos H Carneiro

professor de literatura e massagista de parágrafo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

camões unicamp 2017



uma das questões de português, ontem, 15 janeiro, no vestibular unicamp, foi esta:

Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões.

Enquanto quis Fortuna que tivesse 
esperança de algum contentamento, 
o gosto de um suave pensamento 
me fez que seus efeitos escrevesse. 
Porém, temendo Amor que aviso desse 
minha escritura a algum juízo isento, 
escureceu-me o engenho com tormento, 
para que seus enganos não dissesse 
Ó vós, que Amor obriga a ser sujeitos 
a diversas vontades! Quando lerdes
num breve livro casos tão diversos, 
verdades puras são, e não defeitos... 
E sabei que, segundo o amor tiverdes, 
Tereis o entendimento de meus versos!

a) Nos dois quartetos do soneto acima, duas divindades são contrapostas por exercerem um poder sobre o eu lírico. Identifique as duas divindades e explique o poder que elas exercem sobre a experiência amorosa do eu lírico. 

b) Um soneto é uma composição poética composta de 14 versos. Sua forma é fixa e seus últimos versos encerram o núcleo temático ou a ideia principal do poema. Qual é a ideia formulada nos dois últimos versos desse soneto de Camões, levando-se em consideração o conjunto do poema? 

. . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .   .    .    .     .     .

respstas possíveis :
a) as duas divindades seriam o Amor e a Fortuna (destino); a primeira impede que o poeta exponha seus desenganos diante do amar e a segunda lhe deu esperanças de felicidade
b) a ideia formulada, ao final, é a de que só aquele que experimentou o amor e o sofrimento que ele causa pode entender seu soneto

* mais que isso é saber que comentei este poema, meses atrás, neste vídeo
  confira



domingo, 15 de janeiro de 2017

um café para o aurélio #1





novíssimo dicionário do carneiro!

ALENCAR escritor nacionalista brasileiro que adorava imitar o modelo europeu de folhetins; ficou famoso por ter inventado Iracema, a virgem dos lábios de mel, da tribo Tabajara... O nome da índia, aliás, é anagrama de “américa”, mas isso você já sabia. Famosa mesmo é Jesuína, a primeira figura da literatura nacional a se apaixonar por outra mulher, assim, sem rodeios... está lá, em “Lucíola”... e dizem que romântico é moralista. Eita, cearense porreta!

AMORestado em que dor e prazer se confundem. Sinônimo de aventura. “Roma” de trás pra diante.  Sentimento bem inferior à paixão. Palavra que fez a fama de Freud. Diz-se de certa personagem, Ofélia, em “Hamlet”. Ou Isabel, em “O Guarani”. Todos acreditam que é isso, o amor, que acontece em “Werther”, mas não é.

BEIJOconvenção social de pele, significa “salivei em você”; atividade intra-labial que produzia, antigamente, sapinho, hoje dá uma grana preta quando seguida de gravidez de roqueiro ou jogador de futebol; existe o “da mulher-aranha”, o de Judas e aquele “desentope o tanque”. Beijo ótimo é o que se ganha de repente, seguido de abraço. Leia “O Primeiro Beijo”, de Clarice Lispector, ou o capítulo “O Penteado”, em “Dom Casmurro”.

CAETANODiz-se de entidade supra religiosa de origem baiana. Um dos iniciadores da Tropicália e dono de profundo mau-humor quanto à imprensa ou a quem quer que possa criticá-lo... ou a João Gilberto. Compositor de uma música só (Sampa), acredita ser o enviado do destino para curar os males do país. Entra para a história como cantor de festival de televisão.
  

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

minha vida de menina - helena morley




"minha vida de menina", helena morley, é livro saboroso, modernista, feito em forma de diário, entre os anos 1893 e 95. helena é pseudônimo de alice brant. diamantina, minas gerais.
vale a pena.

saber mais? 
assista-me!




segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

fuvest 2017 - 2a fase





a avaliação de português, domingo, dia 8, priorizou entendimento de texto, coesão, literatura e figura de linguagem, basicamente.
foram 10 questões dissertativas. cada uma com dois itens, "a" e "b".

na parte de literatura, questões relativamente fáceis, principalmente a quem debruçou-se sobre os livros. aqueles que se atreveram a ficar nos resumos, não devem ter conseguido muito sucesso, principalmente nas questões envolvendo "sagarana" e "vidas secas".


a questão envolvendo "o cortiço" deu prioridade à teoria do movimento naturalista, ou seja, o "romance de tese" que, no limite, fazia crer ao leitor que o ser humano era fruto do meio em que vivia; era escravo dos instintos. o francês taine reuniu as variadas teorias do comportamento humano que ficaram conhecidas como "determinismo".


em "sagarana", o vestibulando era levado a explicar como era a relação entre matraga e joãozinho, além de destrinchar a intertextualidade presente na expressão "homem do jumento", atribuída a matraga, no final da história. 

no primeiro caso, simples: ambos se conheceram por acaso, e joãzinho reconheceu naquele homem do campo um parceiro, alguém que sabia atirar e poderia fazer parte do bando. o respeito cresce pois matraga recusa a oferta, preferindo a vida no sítio de quitéria e serapião. seria um ultraje ao jagunço joãozinho bem-bem, mas este reconhece a força de matraga e prefere partir.
o segundo ponto, sobre "homem do jumento", revela intertextualidade com o novo testamento, quando o mito cristão jesus entra em jerusalém montado num jumento. é o símbolo da salvação do povo do rala coco, uma vez que matraga mata aquele que ameaçava a população.

clique aqui para ver a prova de português, janeiro 2017

sempre é bom ler os livros, todo mundo sabe. das 10 questões, 4 trataram da literatura. é quase metade da avaliação. a segunda fase não permite vacilo, porque feita de modo dissertativo, ou seja, cabe ao vestibulando elaborar resposta coerente dentro do espaço dado. para isso, é necessário o treino com a escrita e a leitura feita completamente.





domingo, 8 de janeiro de 2017

o que é renascimento





o que é o renascimento?
movimento cultural e científico ocorrido entre os séculos 14 e 16, influenciou gente como camões, shakespeare, michelângelo, clouet e muito mais.

assista para saber mais: