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quinta-feira, 7 de março de 2024

vida arteira


arte concepção: carlos h carneiro
via microsoft i.a. (2024)


anos atrás, deixei uma tarefa para os alunos que tinha, na época, ensino médio: assistir ao filme "as horas" (stephen daldry), sobre a escritora inglesa virginia woolf. em uma das questões pedia-se que respondessem seguinte: qual chance de uma obra de arte mudar a vida de alguém. será mesmo que uma obra de arte, quer seja livro, filme, música ou tela pode mudar os rumos de uma pessoa? então, cabe pergunta: por que se faz arte? entretenimento? terapia? fetiche? vingança? olhem, acredito que exista arte para que estejamos em contato com outra realidade. ver a vida, pelo menos, por outro viés. algo como recriar as coisas, os tons, as cores. e mais: diversão e geração de emprego são dois valores de que gosto, quando o tema é a arte. educação política também serve, mas não creio que toda obra de arte deva ser como "vidas secas" (ramos) ou "os miseráveis" (hugo), ou seja, um libelo contra a opressão e coisa e tal. há chance também para a catarse em "tristão e isolda" (wagner) ou mesmo ouvindo bossa nova. 

segunda-feira, 28 de março de 2022

quando a morte etc

 

                                                            [ moon & ba ]

a idade chega e a gente acaba pensando o que é morrer de fato; o que é esse fim, quando vai ser, essas coisas. acho que sempre pensei na morte, mas, ultimamente, com mais regularidade. é da vida pensar na morte, então acostuma-se. deve ser a idade. 

tenho pesadelos que passam por isso, essa coisa de achar que vai morer. tenho pesadelos, desde que me conheço por gente, acordo ofegante. me foi sugerido que talvez sofresse de apneia. é possível. já sofro de tanta coisa, mais uma não faz diferença.
talvez devesse buscar solução específica. eufemismo. isso mesmo, "solução específica" é um eufemismo pra "fim". se não sabe o que é "eufemismo", mexa-se, não vou explicar agora.
aliás, me mexi, nesses últimos anos, buscando alguma harmonia física e mental, mas às vezes acho que serviu foi pra nada. 
deve ser a idade. deve ser a morte mesmo.

sábado, 25 de março de 2017

eu mandava ladrilhar








no dia 25 de março de 1824 deu-se a primeira constituição do país independente. em 1865, sobre uma parte do rio tamanduateí, estava uma rua que ganharia este nome, com número e mês, 25 de março. o rio que corria sob a rua, se me permitem a má poesia, se converteu em mar de gente.
hoje, poucos se lembram do que aconteceu neste dia, em 1824 ou 1865.
o que importa é essa turba de humanos que se espreme, que se compra, que se vende na rua mais movimentada de s. paulo.