romance lírico e histórico, "abolição via vargas" sai pela editora clube de autores, dezembro, 2021 - - autor: carlos h carneiro (eu)
romance com dois narradores, envolvendo personagem que vive
em um museu possivelmente criado por... -- ah, não vou contar aqui! ... foi criado a partir de
práticas pouco ortodoxas de um desenhista francês radicado em campinas, s paulo. narrativa meta-histórica cuja trama envolve santos dumont, carlos gomes, hercules florence, luiza xavier de andrade, iara e outras figuras que passaram (ou deveriam ter passado) por campinas.
[ visconde de mauá, 2010, foto do autor ] comecei a escrever "abolição via vargas" em fins de março, 2021. é um romance.
a história nasceu por conta de exercícios terapêuticos, durante sessões de análise. empolgado com os resultados, juntei pedaços desses textos e desenvolvi uma trama. mais ou menos assim: narrador personagem sai do local de trabalho apenas uma vez por semana, passeia pela cidade. o cenário é campinas. um certo domingo, passando pela rua barão de jaguara, e leitor fica sabendo fatos sobre o maestro carlos gomes, cuja estátua ali se encontra.
figuras como bierrenbach e santos dumont (que morou na cidade) tornam-se destaques, assim como o francês hercules florence. não vou estragar a leitura dando corda e clarear o conflito.
você precisa ler. mas adianto: além dos gajos citados acima, a deusa iara, machado de assis, luisa xavier de andrade, miguel do carmo, índia moema e washington luiz são figuras igualmente essenciais para a trama toda.
quando sai o romance? dezembro 2021, via amazon e clube de autores. revisão da amiga professora ana dias vitale
niketche é dança tradicional do meio rural de moçambique, região da zambézia, áfrica.
livro de paulina chiziane, lançado em 2002, lisboa.
romance. naração em primeira pessoa: rami (rosa maria)
rami reclama ausência do pai de seus filhos. ela confidencia sua angústia com o espelho. nele, a sua imagem dança e diz para ela que seu marido cansou. a dança é niketche.
"dançar é orar", diz rami. "a vida é uma grande dança".
rami casada com tony, cinco filhos.
tony -- chefe de polícia -- se envolve com mais quatro mulhres: julieta, saly, mauáeluísa. somados aos cinco filhos de rami, chegam a dezesseis, no total.
rami é conservadora, educada a obedecer vontades masculinas. é a cultura europeia cristã predominando na personalidade dela.
rami se descobre inexperiente nas questões sexuais -- mas esta é uma visão masculina de sua postura... -- rami, ingenuamente, incorpora
leitor fica sabendo que no norte há escolas de amor. um outro tipo de relação com vida amorosa.
no dia do aniversário de cinquenta anos de tony, rami decide uma surpresa. une as quatro mulheres do marido em meio à sua família. tony se esconde, envergonhado
rami, ao longo do livro, sempre ouvirá de figuras diferentes que o sofrimento por que passa, na situação de poligamia, é culpa dela mesma que não soube segurar o marido
rami une as mulheres e elas se tornam empresárias. tony se vê fora do protagonismo. pede divórcio
as mulheres descobrem que tony está com mais outra mulher:eva. é a sexta. elas temem que ele a assuma... têm ciúme e raiva
decididas, esposas -- praticamente "ex-esposas" -- resolvem passar lição em tony: as mulheres expõem a ele a proposta de que deveria casar-se mais uma vez. as mulheres apresentam a noiva: saluá, dezoito anos. ele não aceita, nervoso.
o romance expõe tradições que transcendem a religiosidade trazida por europeus: uma delas é a escola de amor. nela, mulheres são levadas por uma tutora, conselheira, a deixarem de ser crianças para se tornarem mulhres... contudo, a tal escola se mostra um curso para atender melhor os homens
narrativa densa, reflexiva e dinâmica desse angolano valter hugo lemos -- que adota, no mundo literário, o "mãe" -- expõe o final da vida de antônio jorge da silva, torcedor do porto, idoso, 84 anos, após o falecimento de sua esposa laura. a filha elisa o coloca num asilo, "feliz idade". o outro filho é tido como inexistente, morto, pelo pai antônio, por não ter vindo aos funerais da mãe. seus pertences são retirados, na portaria do "feliz idade" e, em troca, lhe dão uma estatueta de noss senhora, o que torna a situação mais triste, pois antônio é ateu. o contexto histórico, tempo da narrativa, é o governo salazar, fascista que censurava liberdade dos mais progressistas. destaque para personagem esteves, presente em "tabacaria", de fernando pessoa e que faz parte do grupo insólito de figuras, no asilo. o "esteves sem metafísica" é símbolo da personalidade do narrador antônio. por que "máquina de fazer espanhóis" ?? só me assistindo. boa aula.
quem tem medo de um jacinto?
e quatro jacintos numa história só?
estamos entre portugal e paris, século 19
riqueza, filosofia, tecnologia, tédio e alguma natureza.
"a cidade e as serras"
romance não dos melhores, do eça, mas está nas bocas dos vestibulares.
eu li!