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sexta-feira, 28 de maio de 2021

discutir algoritmos dentro do mundo capitalista é inútil

                                   

coloco aqui, trecho do artigo de ana rosa, na folha de s paulo 2021:

"Algoritmos têm se mostrado ferramentas de reprodução de preconceito, injustiça e discriminação. Num ambiente automatizado, questões de gênero e de raça podem resultar em exclusão ou perpetuação de desvantagens (...) Algoritmos são códigos com instruções para execução de uma tarefa ou solução de um problema e, na atualidade, representam a forma mais eficiente para identificar, organizar e atingir um mercado. Assim como podem ser inclusivos, está comprovado que são também absurdamente excludentes. Por isso, uma questão relevante é quem os programa, como e com que motivação. Conscientemente ou não, preconceitos são embutidos nos algoritmos e reproduzidas pelas máquinas”. 
                                                                  [ folha de s paulo, 23 maio 2021 ]

olhem, o assunto é mais do que grave. falei, em 2020, sobre o tema -- ver vídeo abaixo -- e resvalei nessa questão. já adianto: não vale a pena demonizar redes sociais e os tais esquemas de algoritmos. hoje, não dá pra simplesmente deletá-los do planeta. o que se deve pensar é na melhoria deles. eu ja deixei o twitter por não ver utilidade naquilo e, mais recentemente, saí do facebook por puro cansaço. os incomodados que se mudem.
agora, o que faz do ser humano médio figura tão dependente desse cordão umbilical tecnológico? como utilizar vias digitais para melhorar cotidiano da humanidade e da natureza? parece que boa parte ddessa história, hoje, passa pelo consumismo.
daí pergunto: c
omo discutir o consumismo dentro de um universo capitalista? o mesmo que debater técnicas de mergulho com quem não sabe nadar. ou uma plenária de maioria masculina, no brasil, tratando do aborto. não resolve.
com a palavra, educadores e tecnólogos.  

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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

dilema das redes e mentes humanas

                    


sim, eu vi o documentário, na plataforma "netflix":
"o dilema das redes sociais". lançado em 2020, festival sundance, estados unidos. tive zero impacto. 

agora, é documentário necessário? certeza que sim.

o documentário traz depoimentos de figuras que trabalharam e trabalham em redes como facebook, instagram, twitter, google, google mail, pinterest e outras. todos concordam que o sistema de algoritimos colabora para disseminação de notícias falsas, produtos de consumo baseados em curtidas, interefere em eleições, além de criar lideranças políticas autoritárias e populistas. 

sim, jair, presidente do brasil, está no documentário como um dos exemplos de horror gerado pelo facebook. engendrado nas redes digitais e apoiado na ignorância de muita gente.

há mais polarização política sim graças às tais redes digitais. há mais ódio também. 

é necessário rever as releações que se tem com essas plataformas.

ver o documentário é um início. certeza que há pessoas a quem o impacto será grande.

agora, é importante ter cuidado para com essa demonização da tecnologia. são teorias apocalípticas que pregam a saída total das redes como se o movimento seguinte fosse ir morar em uma caverna. aliás, o documentário traz o depoimento do escritor jaron lenier que publicou "dez argumentos para você deletar suas redes sociais". puro catastrofismo. piada. não é sair da internet que vai fazê-la melhor. é o mesmo pensamento mesquinho de quem acredita que deixar de votar é passar uma lição ao congresso. patético.

encerrei minha conta do twitter em junho. diminuí postagens no linkedin, há semanas, essas plataformas cansam. 

individualismo tóxico e discursos de ódio são premiados, no facebook, isso é inegável. 

tratar das relações entre as pessoas é anterior ao ataque a redes sociais. 

desinstalei o facebook de meu telefone celular, em julho. era um prejuízo à minha inteligência. sempre uma chuva de postagens com pregações negativas, sangue, ridicularização infantil de figuras de extrema-direita, vídeos de autoajuda, lives para denunciar abandono de bicho, propagandade de ações financeiras que fazem a gente enriquecer em segundos... e, claro, notícias falsas. era demais pro meu cérebro criado nas relações sociais comuns, dentro de traumas humanos comuns, prazeres físicos, planos baseados na realidade. era demais pra mim. parei quase totalmente de interagir com o tal face. ainda uso, claro, por causa da página em que divulgo postagens como esta. mas não dá pra se alimentar de facebook. 

"dilema das redes sociais". você precisa ver.

a gente precisa fazer alguma coisa.

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assista-me!