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segunda-feira, 13 de julho de 2020

sophia de melo breyner andresen - livro sexto



LIVRO SEXTO
sophia de melo breyner andresen [1919 - 2004]

  • versos que se referem ao mar, constantemente
  • poesia predominantemente lírica
  • fez homenagem a fernando pessoa
  • buscou o universal dentro da história portuguesa
  • século 20


mesmo que fale somente de pedras ou de brisa, a obra do artista vem sempre dizer-nos isso: que não somos apenas animais acossados na luta pela sobrevivência mas que somos, pelo direito natural, herdeiros da liberdade e da dignidade do ser 
                                                         [sophia - posfácio - livro sexto]


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sábado, 16 de maio de 2020

língua portuguesa - olavo bilac




mais um poema do livro "tarde", 1919, bilac

"última flor do lácio" o que é?

o latim, base da língua portuguesa, nasceu na região do lácio, próximo a roma

dele, latim, vieram o romeno, francês, espanhol e, por fim, o português


logo, a língua é a última flor, um eufemismo para o latim que termina sua jornada no idioma de camões

aqui, homenageia a língua portuguesa mas faz ressalva, afirmando que ela ainda é um tanto rude, barulhenta...

não é do estilo do poeta expor a vida em sociedade, a realidade.

bilac escrevia para os próximos, para um grupo elitizado que via no vocabulário raro, nas tramas de uma sintaxe mais complexa um certo engrandecimento do idioma

ainda bem que gente como guimarães rosa, oswald de andrade, carolina de jesus, patativa do assaré -- e tantos outros -- trataram de valorizar nosso idioma sem pedantismo

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LÍNGUA PORTUGUESA


Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


nota
trom e silvo - barulhos de canhão; estrondos
procela - tempestade

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