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quinta-feira, 1 de julho de 2021

o ateneu: romance que infelizmente ainda combina com século 21

 

converso com meus alunos, esta semana, sobre o livro de raul pompeia e, infelizmente, não me assusto mais com os depoimentos a respeito da vivência deles na escola. tenho ouvido basicamente a mesma coisa desde que comecei a trabalhar, em 1986. a turma a que me refiro é a de alunos que já terminaram o ensino médio, estão no modo pré-vestibular. 
o que a maioria confessa: reclama deste ou daquele autoritarismo; relembram com mágoa de situações ligadas à avaliação; não gostam de participar da aula -- sentem-se acuados ou intimidados, têm vergonha mesmo --, é muito triste. não os culpo. eles são resultado de quinhentos anos de ensino com viés jesuítico, ou seja: sala em silêncio sempre; aula no modo palestra; professor exerce autoridade sem empatia e quase não interage com alunos; problema no aprendizado vai se resolvendo com aula particular, remédio ou abandono da escola; regras pra tudo; hipocrisia; método de avaliação sempre desatualizado; censura a temas como sexualidade, política local ou religiosidade. é de chorar.

romance "o ateneu" saiu em 1888.
tema : crítica ao sistema educacional de internatos.
quem narra: sérgio, adulto, relembrando dois anos de sua infância dentro do colégio "ateneu", sob a autoridade despótica de aristarco, o diretor.


estilo
apresenta marcas realistas, como a linguagem culta e análise psicológoica de personagem. é evidente o caráter simbolista, pela subjetividade nas descrições e traz com influências do naturalismo, como destaque ao coletivo, assim como o determinismo e a sexualidade exposta como algo chocante (homossexualidade)

SAIBA MAIS


POR UMA ESCOLA ACOLHEDORA


domingo, 3 de novembro de 2019

o cortiço - teste múltipla escolha






Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca. Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.

[AZEVEDO, Aluísio. O cortiço, ed Moderna]

Em O cortiço, o narrador está em terceira pessoa, onisciente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:

a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.

b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.


c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos.


d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.


e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada.


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resposta 
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E

[ a palavra "cá" indica o local de onde parte o discurso do narrador ]

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

o ateneu - raul pompeia





romance do final do século 19. narrado em primeira pessoa, "o ateneu" faz um painel das relações humanas através do dia a dia de um menino de onze anos, dentro de uma escola rígida, cujo diretor é temido. sérgio é narrador.
existem marcas do realismo, simbolismo e naturalismo nessa obra de carga introspectiva, em alguns pontos.

saber mais?

veja-me!


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

o cortiço - resumo




ler "o cortiço", de aluísio azevedo é tarefa obrigatória para o vestibular de domingo próximo!

atenção aqui!

* determinismo

* moradia

* zoomorfia

* ambição

* homossexualidade

quer mais ?

veja-me !



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

a cidade e as serras





quem tem medo de um jacinto?
e quatro jacintos numa história só?
estamos entre portugal e paris, século 19
riqueza, filosofia, tecnologia, tédio e alguma natureza.

"a cidade e as serras"

romance não dos melhores, do eça, mas está nas bocas dos vestibulares.
eu li!

veja o que fiz com ele.