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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

capivaras com sobrenome






leio o interessante "enfim, capivaras", da luisa geisler, gaúcha, premiada e aplaudida nos meio das literaturas. merecido.

pesquisa rápida pela internet, vejo que uma cidade do rio grande do sul, nova hertz, expõe ao mundo nova cena de constrangimento da espécie: vereador xis vociferando contra o livro de luisa por conta de linguagem supostamente ofensiva.
a escritora teria sido desconvidada de um evento para estudantes que leram seu livro.

olhem, a lista de truculência e estupidez é vasta e tem nome e sobrenome: censura. criminalizar arte. perseguir intelectualidade.
a gente sabe que não é "pela família", "pelas crianças" ou o raio que os parta. é criminalizar a educação, a liberdade, a criatividade e a cidadania. por quê? porque quem produz, consome ou divulga arte corre sério risco de compreender melhor o universo e, com certeza, desprezar e condenar essa gente que assume cargo público para benefício próprio.

tanto quem está próximo ao mundo educativo ou muito dentro precisa agir pela cidadania.
precisa ser plural.
precisa dar voz aos estudantes.
precisa divulgar literatura, música, teatro, fotografia, cinema e promover senso crítico, uma vez que ele vem sempre acompanhado do respeito à diversidade. e é disso que essa gentalha censora não gosta. por que não gosta? por que respeito e senso crítico afastam pessoas dessa estupidez e, sim, da corrupção de fato.
é urgente combater essa onda ultraconservadora. questão de sobrevivência mesmo.