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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Descreve com galharda propriedade o labirinto confuso de suas desconfianças - gregório de matos




Descreve com galharda propriedade o labirinto 
confuso de suas desconfianças


Ó caos confuso, labirinto horrendo,
Onde não topo luz, nem fio achando,
Lugar de glória, aonde estou penando,
Casa da morte, aonde estou vivendo!

Ó voz sem distinção, Babel tremendo,
Pesada fantasia, sono brando,
Onde o mesmo, que toco, estou sonhando,
Onde o próprio, que escuto, não entendo!

Sempre és certeza, nunca desengano,
E a ambas propensões, com igualdade
No bem te não penetro, nem no dano.

És ciúme martírio da vontade,
Verdadeiro tormento para engano,
E cega presunção para verdade.


. . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  .  .  .  .  .  .   .   .   .    .


  • poema de caráter subjetivo, lírico e reflexivo
  • pessimista


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notas -

     Babel –
      bíblico: torre inacabada por castigo divino, daí seus idiomas se diferenciaram;
                   confusão

     Paradoxos

             1.sofrimento no lugar de glória  - verso 3
             2.morte e vida – verso 4

     Antíteses    certeza / desengano
       penando  / vivendo
      engano  / verdade