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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

céu líquido






em "vestido de noiva" (n rodrigues), a personagem alaíde sofre alucinações em cama de hospital, vê figuras do passado, revive realidades... a criatura de "frankenstein" (shelley) com certeza deve ter sofrido um tanto, antes de abrir os olhos amarelos, na alemanha. há outros tantos, na estante, sofrendo do mesmo mal, como naziazeno (os ratos), luís (angústia), quixote (cervantes), mersault (o estrangeiro), sidonio rosa (venenos de deus, remédios do diabo) ou mesmo o tal pequeno príncipe (exupèry) que devia ser mesmo de outra galáxia por  curtir viver boiando no limbo e conversando com uma flor, dentro de um planeta do tamanho de um fusca. muita alucinação.
a depressão é a primeira curva na estrada das alucinações, não sei como se viraram esses personagens, porque estão sempre na curva, encostados uns nos outros, na estante do quarto, um empurra-empurra secular, às minhas costas, agora, enquanto escrevo. não é boa a sensação, quando se tem à mente "a queda da casa de usher" (poe) ou "fantasma de canterville" (wilde)... isso parece não ter fim. mas é só literatura, não é?