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terça-feira, 18 de agosto de 2020

necessidade da escrita



muitos professores de áreas chamadas "exatas" e "biológicas" reclamam que estudantes, via de regra, pecam na interpretação de texto.

na escola, muito comum, produções de texto em aulas de português, redação, às vezes, literatura, às vezes nas aulas de língua estrangeira. é pouco.

agora, por que apenas o professor de português precisa fazer este exercício de trabalho com leitura e produção com estudantes? teria o professor de redação de fazer toda a tarefa da área de física, matemática ou química, por exemplo? 

é comum encontrar professores de produção de texto, em geral, estafados com o descaso de muitos estudantes com o ato de redigir. por quê ? porque não é comum, não é cotidiano, nas escolas, a produção de texto. apenas professores de portguês -- e suas variantes -- seriam responsáveis por gerenciar atividade de produção de texto.

é pouco.

está na hora de rever planejamentos e desencaixotar essas matérias todas, principlamente nas séries finais do ensino fundamental 2 e médio. pelo menos duas vezes ao ano, outras áreas deveriam pedir um pequeno texto sobre determinado assunto. uma crítica, um comentário, nada profundo não. estudantes em geral poderiam ser mais motivados a produzir texto, diário, blog... são raras as escolas que rumam nessa linha de lidar com área digital. e olhe que estamos perto de 2021 e, muitas das vezes, as redes sociais de uma escola estão na mão de um prestador de serviço que gerencia fotos do pátio ou de uma reunião de professores. nada de alunos protagonistas. 
não é por acaso, muitos professores enfrentam o descaso e o silêncio de estudantes, durante este período de aulas via computador. silêncio que castiga professores. mas é um castigo em função do que não foi feito, para os alunos, nestes útlimos quatrocentos anos. ele -- o estudante -- nunca foi protagonista. e, então, nesse momento, o jovem tem o controle na mão. ele decide se quer ou não o que vai ser ofertado. e, pelo visto, não quer. culpa desse aluno? em parte sim. em parte pelo que se plantou nessa relação professor-aluno. 



segunda-feira, 4 de maio de 2020

como sobreviver ao covid e à ignorância letal



se você que me lê gosta da vida, natureza, convívio saudável, respeitando diferentes, argumentando no rumo da harmonia, então, preciso ajuda.

combater a avalanche de notícias falsas, enfrentar o discurso contra quarentena e contra máscara, defender profissionais de saúde, além de querer manter-me vivo, são elementos que se movem pela minha cabeça.

pessoas fazem carreata contra quarentena. pessoas morrem. 
gente sai de casa porque crê estar bem de saúde, sem sintomas de coronavírus. e essa gente espalha doença. pessoas morrem.

hoje, a ideia é impedir que essa pandemia de ignorância letal tome nossa história.

preciso ajuda para realizar esta tarefa.

pensei nestes passos:

1. divulgar notícias sobre importância do confinamento

2. compartilhar matérias (artigos, entrevistas etc) sobre o papel das escolas, na formação cidadã

3. reforçar que educadores, educadoras, em geral, têm responsabilidade de transmitir aos mais jovens que é vital respeitar o próximo, continuar os estudos, acreditar na ciência porque ela é o óbvio motivo da existência

domingo, 12 de abril de 2020

viver




primeira quinzena de abril. 2020.


não consigo imaginar atividades normais, na rua, antes do fim de agosto.


o esforço insano de profissionais de saúde, educadores e humanos sensatos parece começar a trincar por aqui. mais carreata contra o fim da quarentena, em alguns pontos do país. 


a cada dia que passa, neste abril, com tanta gente na rua, é mais atrdia a volta. insisto: do jeito que está hoje, antes do fim de agosto, nada de normalidade...  
a não ser que haja mesmo diminuição na circulação, pelas ruas. diminuição plena. 
mas a gente sabe que o brasileiro, em geral, acredita mais no que não existe do que naquilo que acontece diante dos olhos. sim, sim, desde 1500 boicotando educação. dá nisso: carreatas pelo fim da quarentena.

já vi marcha por jesus, marcha pela família, mas pra pegar doença é a primeira vez.


sinto que vai haver pressão para volta às ruas. sistemas de televisão, rádio e internet pró-governo federal apoiam o risco. 

educadores e influenciadores digitais precisamos continuar defendendo a vida. nem falo de ciência, arte, saúde mental, nada disso. é a vida mesmo. 

o projeto de extermínio de pobreza chegou com esse caos. lembro bem de "diário de um detento", racionais, 1997. 


"Mas não imaginavam o que estaria por vir
(...)
Era a brecha que o sistema queria
Avise o IML, chegou o grande dia

(...)O ser humano é descartável no Brasil
Como modess usado ou Bombril
Cadeia? Guarda o que o sistema não quis
Esconde o que a novela não diz"

segunda-feira, 6 de abril de 2020

novo ensaio sobre a cegueira


                                                    H. Touluse-Lautrec 


não é vida fácil a ninguém essa circunstância de trabalhos a distância, alémdo refletir sobre a política nacional e, acima de tudo, como isso se resolve, no campo da educação e vivências sociais.

fico lembrando episódio recente que é o crescimento da nova religião: o terraplanismo. por que lembro disto? porque parte do mundo acadêmico, científico, pedagógico e afins deu de ombros para o esfarelamento de instituições como universidade, diante do avanço do consumismo puro e simples.

sei que arrisco ficar sem esta ou aquela amizade, eu sei.
mas vou seguir.
hoje, abril de 2020, vejo professores atordoados, abalroados de tarefas a gerenciar, de todo tipo. professores de ensino fundamental, médio e pré-vestibular. aulas pela internet, aulas através de envio de documentos, áudios... e as demandas próprias burocráticas que tudo isso requer.

então, pergunto, novamente: onde estão os acadêmicos?
sei que há abnegados pelo país arrecadando alimento e roupa para assentamento, livros para quem não tem, eu sei. e a maioria? trabalhar mais com a juventude, sim e com os professores e professoras, sim. somar, na linha de frente da educação.
era momento  de reavivar, por exemplo, algo como o telecurso, século 20. usar a televisão para manter algum aprendizado.
neste governo federal, já se sabe: data das provas do enem foram mantidas. quem possui conforto, internet, material didático, está estudando. os mais necessitados, nem de longe. é contra eles que se luta, a gente sabe bem. daí meu apelo.
olhem, a internet requer menos burocracia que uso da televisão. mas a gente sabe, desde a privatização deste setor, nem todo brasileiro tem acesso a internet. logo, a televisão parece ser mais acessível, hoje. por que não usá-la? há redes públicas, pelos estados. rádios ligados à cultura. por que não mobilizar pacotes de ensino?
vejo acadêmicos, pensadores, muitos deles em mesas redondas de debate, via rádio, podcast, lives pelas mídias digitais fazendo análise desta pandemia. ótimo. necessário. jogam luzes racionais no meio do horror que é a perseguição à ciência que este governo federal, hoje, promove. eu sei, eu assisto, vejo, ouço, tento compreender e acompanhar.
contudo, mais precisa ser feito. não só professores e professoras de ensino fundamental e médio deveriam estar nessa batalha. estamos, como quase sempre, sós. o que fazer
?



domingo, 29 de março de 2020

ficar em casa é o primeiro movimento contra bolsonaro de verdade




presidente jair bolsonaro morre de medo de que, de verdade, se descubra que seu projeto de governo para os mais pobres é zero. muita gente ainda não descobriu. 

final de março de 2020 e se observam movimentos de gente pobre e quase pobre querendo o fim da quarentena por causa da economia. 


em geral, brasileiros que se dizem empresários ou investidores nada entendem do assunto. são vorazes dinheiristas, em busca de riqueza para poderem passar por cima da lei humana que os obrigaria a viver em comunidade como gente descente. 


hoje, por ocasião do genocídio em massa produzido pelo coronavírus e pela violência das classes ditas capitalistas, população sabe que deve ficar em casa, sob risco de morte.


ficar em casa significa pensar um pouco mais em relação às suas relações de trabalho e saúde, imediatamente. ficar em casa significa ouvir os próximos, ouvir noticiário sobre saúde. significa repensar alguma coisa e, com certeza, perceber que "sus" é importante, que escola, educação e fundo de garantia são importantes. uma nova fase deve iniciar-se, rumo a relações de trabalho mais seguras. é isso que temem os tais empresários, investidores, políticos sustentados por sistemas financeiros bem discutíveis, vide o já cansado episódio "queiroz" e outras tantas situações em que o dinheirismo é mais importante do que políticas públicas, no campo da sáude e da educação, só para ficar em dois.

hoje, finzinho de março, é possível ver pessoas que apoiaram a eleição do anti-negro, o anti-lgbt, anti-feminismo, anti-natureza e anti-escola, pois essas pessoas vão às suas janelas aplaudir o "sus" e profissionais de saúde, em sua maioria de rede pública. nunca é tarde lembrar que o sistema privado de saúde, unimed, da cidade de são paulo, já faliu e acabou, no início do século 21. por que será?

os mesmos que aplaudem o "sus" são os mesmos que não queriam médicos cubanos no país. 

a campanha sórdida, neste fim de março, pelo fim da quarentena, só se justifica porque há risco de que lucros diminuam... isso acontece em alguns templos de supostos religiosos e lideranças políticas localizadas em pontos isolados do país, neste último fim de semana de março. comerciantes individualistas, anti-democratas de toda ordem.

se você que me lê ainda tem, dentro de si, um fiapo de humanidade, resista. fique em casa. 

muita gente em torno de si vai dizer que o brasil não pode parar... até que a morte chegue a sua rua, condomínio ou quintal.

resista.

não é possível existir uma liderança máxima, em país civilizado, que apregoe, hoje, o fim da quarentena e morte de seu povo. 

resista. fique em casa.


segunda-feira, 23 de março de 2020

trabalho remoto é desafio para qualquer um



                                                                                    [carlos reis]


nesses tempos de quarentena, necessário é  a produção de reuniões, projetos, desenvolvimento de atividades em grupo, terapia, exercício físico, aulas de todo o tipo, enfim, produzir muito via computadores, telefones móveis e afins.

a inexperiência em lidar com plataformas desse gênero é equivalente à falta de empatia de quem exige tarefas pura e simplesmente. mesmo que no estrito horário de trabalho do funcionário, é preciso crer que esta pessoa, hoje, 2020, pandemia, a pessoa que esta em casa pode não ter conexão decente... (sistema foi privatizado, lembra?) a pessoa está com filhos, às vezes netos ou idosos a zelar. poucos são os casos em que se discute um horário comum para troca de atividades ou mesmo a entrega delas.

existe também o caso deste ou daquele funcionário, funcionária, que simplesmente não quer, não consegue trabalhar por esta via digital. e aí? o mundo não pode acabar. gestores também servem para encaminhar soluções variadas para esta conjuntura. ou, simplesmente, saber entender.

saúde mental é urgente.