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terça-feira, 3 de maio de 2022

escola precisa olhar mais para a rua

 


   [ carlos ruas ]

numa certa altura do  sermão da sexagésima, pe. vieira ilumina :

"se o lavrador semeara primeiro trigo, e sobre o trigo semeara centeio, e sobre o centeio semeara milho grosso e miúdo, e sobre o milho semeara cevada, que havia de nascer? uma mata brava, uma confusão verde".
é o século 17, só pra constar.

em toda escola que se quer consistente, há conselhos, reuniões, balanço geral pedagógico sobre o que cada área fez, quais resultados esperados, como foram os pesos das provas e se alguma área arriscou métodos diferentes de avaliação, além do famoso lápis com papel.
todos temos o que dizer a respeito de rendimento e objetivos a se alcançar, quando saímos de uma sala de aula... há de haver reuniões, há de haver balanço. e autoavaliação.
claro está que a escola precisa também olhar para a rua e fomentar, em sala de aula, questões a respeito do óbvio: racismo, moradia, orientação sexual, violência contra mulher, necessidades da comunidade em que ela -- a escola -- se insere, arte para salvar o mundo, soluções para a fome, importância da leitura, ciência para melhorar o presente etc.
o aluno também deve se perguntar: eu aprendi? consegui produzir algo além daquilo a que fui levado a fazer, em dias de avaliação? participei das aulas? 
quando se busca excelência em uma instituição educativa, necessário é a transparência do projeto da escola, quer seja ele apenas trampolim para vestibular, quer seja o da formação intelectual desde a alfabetização.
quando há muito discurso diferente sobre educar, dentro da instituição, só nasce mata brava. confusão. 

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  para usar na escola :




quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

educação sempre liberta -- principalmente na escola

 

                                                [ imagem clichê pra atrair mais gente ]

não existem duendes que atacarão seu pudim de leite, assim como inexistem fórmulas mágicas para melhorar a vida de estudantes, em sala ou fora dela. quando a questão é deficiência de aprendizado, muito se lê sobre desatenção, timidez ou livros com poucas figuras. pode ser, pode não ser. e a avaliação, como vai? e a relação professor(a)-estudante existe?
numa viagem sem planejamento, todo motorista é cego. 
cego ou aventureiro. 
penso assim:
reuniões entre áreas; canal aberto, direto entre professores e direção, entre professores e coordenadores de nível (médio/ fundamental). existir avaliação de todo corpo docente e direção.
toda a comunidade precisa estar ciente das metas e objetivos das aulas de cada matéria. quando tudo se expõe, no início do ano, todos ganham. dar voz ao aluno é básico. não há quem suporte meia dúzia de aulas apenas anotando e ouvindo. o professor deve interagir com sua sala, transmitindo um mínimo de segurança, baseando seus conceitos na ciência e na cidadania. tratar de temas como ética, gênero, democracia e saúde é dever de todos.
não deve haver prato proibido no restaurante da educação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

vida tá foda vira questão de prova, na pandemia

                                                                                                         estela may 

como tá a vida?

pois é, tirinha da estela may, aqui, em 2020, pelo jornal "folha de s paulo".

dava uma questão de prova e eu perguntaria: 

1. qual o sentido possível de "foda" no primeiro quadrinho? 

2. no último quadrinho, o segundo "foda" qualifica a palavra "foda" que lhe antecede. qual seria uma melhor transcrição deste último quadrinho para uma linguagem mais formal?

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respostas possíveis

1. intensa ou difícil

2. intensamente intensa


reparem que não tem menor sentido traduzir linguagem oral, né.
foda isso.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

quinta da boa vista - rio de janeiro 2018 e o futuro






estive na quinta da boa vista, rio de janeiro, em 2018. era maio. fiz visita, filmei, editei ... publiquei.
em setembro, tudo veio abaixo, queimado, tornado pó.

o vídeo está abaixo, aqui, pode clicar e ver.

a vida, já sabe, minada e entristecida.

individualismo, preguiça, desconhecimento histórico, escolas que não propõem atividade interdisciplinar, governos que não fiscalizam seus órgãos de ação -- quer seja defesa civil ou bombeiros... -- governos que não ouvem a grita de administradores de museus, teatros, casas de cultura...
muita gente tem dito que a culpa é de todos pela tragédia no museu nacional carioca.
não queria, mas vou concordar.
o que você fez, no dia da eleição passada? foi à praia achando que estava dando um grande recado ao congresso? votou nulo porque "político só rouba"? oi?

se a casa de vereadores e deputados tivesse mais gente comprometida com cidadania, arte, escolas, marielle franco não teria estado sozinha, naquela história.

se a casa de deputados federais tivesse mais gente comprometida com democracia, cidadania, humanidade, não teria havido golpe, em 2016.

se a casa de deputados, senadores tivesse mais gente comprometida com causas sociais, de verdade, menos mulheres mortas por aborto clandestino teríamos...

veja como foi a votação, em brasília, sobre pré-sal, sobre reforma trabalhista, agrotóxicos... só pra ficar em três. são esses partidos que votaram contra  isso, defendendo país, merecem no mínimo respeito. de repente, reeleição.

de novo: não dá pra votar nessa canalhice que é a direita, não dá!
mais gente comprometida significa psol (50), pt (13), pc do b (60) e um ou outro ligado ao pdt, mas depende do estado. é ruim mesmo que pautas sociais só estejam com esses partidos... ruim. mas é o que tem.  de novo: não dá pra insistir em bancada da bala, evangélica, do rei da soja, do banqueiro, não dá. chega. por favor.




quarta-feira, 8 de agosto de 2018

aula expositiva o tempo todo é desperdício




é comum, na área do ensino, aqui pelo meu mundo, o desconforto da clientela com determinado professor, professora. muitas das vezes a culpa é do próprio aluno, porque quem tem a última palavra é sempre o adulto da relação, pelo menos como pede  a carteira de identidade.
quando alunos se dispersam ou vão mal nas avaliações (que muita gente insiste em chamar de prova) é comum cravar que a culpa é do aluno.
olhem, se a maioria, na sala, usa de artifícios para fugir da aula, mesmo de corpo presente, há algo errado sim com a aula e os métodos de quem a ministra. se a maioria vai mal numa avaliação, é preciso considerar umas tantas variáveis para se achar a causa, como: não se reforçou a data do evento; as questões tratadas na avaliação foram retiradas de manuais de vestibular (nada de própria autoria); professor(a) não explicou como estudar o conteúdo; professor(a) nunca fez ou propôs tarefas condizentes com os objetivos das aulas ou a emília, do sítio, embaralhou as perguntas e todo mundo ficou confuso.

insisto: melhorar a relação professor-aluno implica diretamente em rendimentos melhores, não só na sala de aula como nas avaliações -- caso elas se mostrem coerentes, diga-se.
não falo de relações subjetivas, pessoais, como ir ao churrasco da galera, jogar vôlei no intervalo ou dar carona aos alunos em dia de chuva. é a relação dentro da sala, em linguagem de dia-de-semana, perguntando, chamando atenção, mantendo a plateia unida a seu conteúdo.
é difícil? talvez, quando a maioria dos professores, professoras, ignora os alunos e dá aula independente da postura deles... muitos usam da avaliação seguinte como arma para ameaçar seu público, afirmando que o assunto é conteúdo de avaliação, como se isso mudasse a situação dos imigrantes sírios ou a gravidade em saturno.
se o professor, professora não sabe como lidar com essa relação, é preciso dividir com colegas, fazer reunião de professores e não com professores.  pedir ajuda à coordenação, cobrar mais proximidade com departamento pedagógico, mas não vale desistir do aluno. por favor.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

alunos e o celular: até quando só eles serão culpados?




esta é uma imagem típica dos século 21 e vem servindo de  sustentação para discursos geralmente conservadores que demonizam a juventude e, por consequência, a tecnologia. vamos direto ao ponto. por que o senso comum vai afirmar que a partir desta imagem os jovens nada querem saber da arte e sim da internet? porque há adultos com preguiça de entrar nesse debate. é sempre assim? sempre alunos com preguiça? respondo: os estudantes só irão se distair se não houver projeto, se não houver motivo para sustentar ida ao museu. antes do educador reclamar do possível descaso com a arte, deixar claro o que será feito nesse museu. de início, parar de chamar a atividade de "passeio" e sim "estudo do meio". bolar atividade para o dia da visita e outra para a sala de aula. dá trabalho. isso se chama "educar".  

outra coisa: é bem possível que, na imagem acima, os alunos estejam completando um trabalho a pedido da escola. eles têm um blog? rede social? eles podem sim estar trabalhando em função do estudo, ora pois. por que sempre crer que há algo errado, na imagem descontextualizada? pode ser que estejam distraídos? sim, pode. mas já adianto: responsabilidade do educador. toda. e não me venham dizendo que a saída é sequestrar os celulares. eles não terão como se distrair com celulares, disco-voadores ou a porta de saída se tiverem um projeto. como foi montado o estudo? um simples "vamos ao museu!". errado, lógico.
perdoem a franqueza, mas a ideia aqui é ajudar: professor(a), melhore sua aula.
procure colega, coordenação, livros, experiências similares, pelas redes sociais. não sabe o que fazer em um museu com seus alunos? comece propondo que definam a função de um museu, após toda a visita. peça que reflitam sobre a função da arte. Se o foco for algum artista específico, proponha pesquisa, uma questão específica sobre seu estilo ou o da época.


só reclamar de alunos desinteressados é sofrer depois quando eles, já crescidos, forem fechar exposições de arte.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

aprendendo redação #9 [ cola na escola ]






texto 1

REFLEXÕES SOBRE A COLA
André Luiz dos Santos

Estou plenamente convencido de que a cola tanto aumenta quanto maior é o descrédito do aluno pela prova. A cola justamente contesta o sistema de avaliação de provas, sobre o qual debruça-se grande parte de nosso ensino. A prova é uma avaliação das capacidades individuais do aluno entregue aos seus próprios conhecimentos. A cola perverte essa avaliação, suprindo o aluno por outras fontes. 
O aluno já sabe que a carreira de engenheiro é imensamente diferente de uma prova, daí seu ceticismo. Um problema real não possui nem sequer a sombra de semelhança com uma avaliação de faculdade. O engenheiro trabalha em equipe, possui a sua disposição consulta a literatura, estará livre para pensar em várias soluções, e sempre haverá revisões de seu trabalho final. Sua ferramenta é a capacidade de análise, não a memória. Em contrapartida, o ambiente de uma prova é artificial: Ser cobrado em duas horas a fazer manipulações complexas e específicas de matérias extensas, enclausurado e incomunicável preso numa carteira nem sempre confortável sob a vigilância de alguém pronto a suspeitar de seus menores movimentos. E a correção posterior não é mais justa, pressupõe a pergunta: “O aluno teve capacidade de guardar (não importa se decorado e memorizado ou aprendido e assimilado) a resolução destes n exercícios dos quais uma fração nem sempre amostral lhe será cobrada totalizando um índice de desempenho de 0 a 10?”.
Essa contestação vem desde o estudo. “Estudar para a prova” é uma grande elucubração, verdadeiramente forçar nos dias que antecedem o teste conhecimento no cérebro para demonstrá-lo na prova. Depois, se algo não for esquecido, tanto maior o lucro. E a isto se chama aprendizado. Verdadeiramente uma osmose reversa, usa-se uma pressão artificial e mecânica para fazer algum conhecimento penetrar na mente quando o contrário é o natural. Se permitem uma experiência minha, não me lembro de haver aprendido menos nas matérias sem prova (cuja avaliação era feita pela presença e trabalhos, com eventualmente alguma breve provinha) do que nas exaustivas sessões de esgotamento e desestímulo que antecediam a grandes provas de disciplinas pesadíssimas. (...)

http://www.hottopos.com/regeq9/andre.htm

texto 2

    COLA NA ESCOLA
 Em março de 2006, um grupo de estudantes da Mount Saint Vincent University em Bedford, Nova Scotia, Canadá, convenceram a reitoria da instituição a proibir que os professores usem qualquer auxílio informatizado anti-plágio. O pretexto da solicitação dos alunos? Para o líder do diretório acadêmico daMount San Vincent, o esforço dos docentes em desvendar casos de trabalhos copiados de outros textos disponíveis na rede mundial de computadores “cria na universidade uma cultura da desconfiança”.
Na Bósnia, os alunos da Universidade de Banja Luka protestaram, em fevereiro de 2006, contra a decisão da direção da faculdade de Economia de instalar câmeras de segurança nas salas de aula no intuito de vigiar os alunos durante a realização das provas. A justificativa dos líderes do protesto? Para eles, “colar nas provas é parte da mentalidade dos Bálcãs e seriam necessários muitos anos para que os alunos mudassem de atitude.”
Aqui no Brasil, Vicente Martins, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará, declarou na edição da Revista Espaço Acadêmico de junho de 2004, que vê “a cola como liberdade de aprender, (…)não como fraude ou ato clandestino do aluno, mas como manifestação ou recurso de liberdade de aprender do aluno e estratégia de recuperação dos alunos de baixo rendimento”. Para ele, a cola é uma solução para o baixo rendimento escolar dos alunos e para os altos índices de reprovação; em sua questionável visão de educação, Martins vê no “procedimento da cola um instrumento para assegurar, na verificação do rendimento escolar, um princípio de ensino como preconiza a Constituição Federal, no seu inciso II, do artigo 206, que enumera, entre os princípios de ensino, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”. Em sua defesa da cola como expressão da indignação dos alunos diante de um sistema escolar opressor, “o poder reconhecido aos alunos, pelos estabelecimentos de ensino, de só aprenderem aquilo que quiserem e como quiserem”, Martins esboça um pequeno código de direitos dos colantes, abaixo reproduzido em sua totalidade:

http://locutorio.blog.com/2006/04/07/cola-e-escola/


texto 3




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A partir das leituras que fez aqui e em seu próprio conhecimento,
redija um texto argumentativo com o tema :

                            “ Por que colar ? ”

Lembre-se: todo texto argumentativo-dissertativo deve conter uma tese, a introdução, os argumentos e uma conclusão.
Não use 1ª pessoa.
Não esquecer título.

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comentário post anterior #8

sugestões para um texto argumentativo a partir da proposta abaixo
[ use suas palavras e construa seu texto, em 30 linhas ]

tese (sua opinião sobre a proposta):  ócio é necessário / ócio contribui com a criatividade

- foi tratado como inação, como vadiagem, pois desde a colonização, nativos e escravos vindos de áfrica foram obrigados a construir o país com as mãos

- conceito de trabalho, para nobreza de elite, até hoje, passa pelo movimento, passa pelo suor

-  o trabalho intelectual acaba entrando nesse conceito ... em "vidas secas" o próprio fabiano criticava o patrão tomás por "estragar os olhos" em cima dos livros

conclusão:
- ócio é necessário porque permite diálogo consigo próprio / permite criatividade