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quarta-feira, 7 de março de 2018

a teus pés - ana cristina césar



A TEUS PÉS (1982)

poesia intimista com gosto pleo cotidiano. linguagem que também apresenta o prosaico, algum humor, versos livres, num livro povoado de referências literárias e de lirismo.

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mocidade independente 

Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra cima sem medir as consequências. 
Por que recusamos ser proféticas? E que dialeto é esse para a pequena audiência de serão?
Voei pra cima: é agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem uma graça atravessando o estado de São Paulo, de madrugada, por você, e furiosa: é agora, nesta contramão. 

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é confessional, um tanto visceral. 
contudo,  há mais jogo de frases do que uma profundidade que lhe atribuem. muito se fala dela -- e mais será dito, ao longo de 2018 por conta do vestibular -- em função de sua morte precoce, aos trinta anos. mas o foco precisa ficar nos textos. profundos ? nem tanto. a década de 1970 produziu poesia marginal de bom calibre, com cacaso, capinan, chacal, leila miccolis, até leminski. não dá pra comparar. a veia escritora de ana c. era ainda de quem tinha muito pra expor. não vimos. não veremos. mas há o que ler.

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vacilo da vocação 

Precisaria trabalhar — afundar — 
— como você — saudades loucas
 — nesta arte — ininterrupta 
— de pintar
— A poesia não — telegráfica — ocasional 
— me deixa sola — solta 
— à mercê do impossível —
— do real. 

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vestibular 2019, aqui no sudeste.
saber mais ?

assista-me!