quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

ubirajara - o senhor da lança - alencar - resumo

 

jaguarê é um jovem caçador da tribo araguaia caminhando em busca de um adversário de valor a quem  possa vencer. ele precisa se tornar um verdadeiro guerreiro de sua tribo. jandira, jovem índia, o espera. ele está às margens do tocantins, no território da tribo de mesmo nome. jaguarê precisa de guerreiro para vencer, pois não teme o feras como o jaguar

 Pela margem do grande rio, caminha Jaguarê, o jovem caçador. O arco pende-lhe ao ombro, esquecido e inútil. As flechas dormem no coldre da uiraçaba.

Os veados saltam das moitas de ubaia e vêm retouçar na grama, zombando do caçador. Jaguarê não vê o tímido campeiro, seus olhos buscam um inimigo capaz de resistir-lhe ao braço robusto. Ele chama-se Jaguarê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem espavoridos quando de longe o pressentem.

Não é esse o inimigo que procura, porém outro mais terrível para vencê-lo em combate de morte e ganhar nome de guerra. (...)

 descansando à sombra de uma árvore, jaguarê percebe a presença de uma índia que, por uma fita vermelha na perna, indicava ser ainda virgem e pertencente à nação dos tocantins. era  araci. 

— Eu sou Araci, a estrela do dia, filha de Itaquê, pai da grande nação tocantim. Cem dos melhores guerreiros o servem em sua cabana para merecer que ele o escolha (...). O mais forte e valente me terá por esposa. Vem comigo, guerreiro araguaia, excede aos outros no trabalho e na constância, e tu romperás a liga de Araci na próxima lua do amor.

araci parte e, mais tarde, surge pojucã, guerreiro. lutam ambos noite adentro, até que jaguarê vence o guerreiro tocantim e o leva preso. festa na tribo araguaia. jaguarê é tornado ubirajara, senhor da lança, aquele que tem por arma uma serpente. camacã, pai do guerreiro, empunhou o grande arco da nação, grosso como o braço de um índio, e o apresentou a ubirajara, como símbolo de valor e glória. o jovem guerreiro, contudo, ainda sonha com araci, filha da luz. jandira cansada de esperar por aquele que, antes, a escolhera, sai à procura de seu amado.
o guerreiro da nação araguaia parte para região dos tocantins. é recebido por itaquê, o chefe, pai de pojucã. lá se apresenta como pretendente de araci e se diz guerreiro, sem identificar-se como ubirajara, vencedor em combate a pojucã. pelo fato de ter chegado em paz, lhe é dado nome de Jurandir, aquele que chegou através da luz do céu.

De longe Araci viu o estrangeiro, sentado entre os anciões, como o frondoso jacarandá no meio dos velhos troncos das aroeiras.O coração de Araci encheu-se de alegria. (...)

no dia dos combates e das provas, jurandir (ubirajara) vence a todos. é então levado diante de itaquê para que revelasse a verdadeira identidade, uma vez que iria se casar com araci. ao saberem que o guerreiro era da tribo araguaia, fica declarada uma guerra, pois o nome de pojucã fora pronunciado como prisioneiro.

na taba dos araguaias, ubirajara chama  pojucã e pede para retornar à sua nação para fortalecê-los no combate e ter a chance de ser vencido outra vez.
nação araguaia parte para a batalha, chefiada por ubirajara. no trajeto encontram os tapuias. estes queriam guerra contra os tocantins, pois, num passado recente, pojucã teria incendiado a cabana do pajé. os tapuias eram liderados por  canicrã. em respeito, ubirajara ficou apenas observando. no combate, itaquê é ferido nos olhos por flechas, fica cego. em meio à fúria e à dor, itaquê, mesmo sem enxergar, despedaça a cabeça de canicrã.
 movidos por mais esta vingança, os tapuias voltam à batalha, tentando honrar o nome do chefe canicrã. desesperados e sem liderança, -- itaquê cego --, os tocantins pedem a ubirajara que lidere a tribo tocantim no combate. o senhor da lança, amado por jandira e araci, empunha o arco de itaquê e, sob suas ordens, comanda as duas tribos na guerra contra os tapuias, vencendo seu novo líder, agniná, e os demais guerreiros. com a união das tribos tocantim e araguaia, nasce uma só nação, a dos ubirajaras.

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